Vigiar, orar, cuidar e respeitar
As
notícias continuam a dizer-nos que ainda há motivos para preocupação no que diz
respeito à pandemia provocada pelo covid19. As autoridades de saúde não se
cansam de insistir na necessidade de serem respeitadas as regras básicas que
todos conhecem, para que se consiga ultrapassar a crise de saúde pública que
temos estado a viver desde o princípio de março.
A
tristeza está no facto de as notícias nos dizerem que há quem não esteja a
respeitar o que é elementar e com isso têm posto em causa todo o processo que
já deu passos muito positivos.
É
bom que esteja claro para todas e todos que o vírus não escolhe idades. Ninguém
ache que está imune só porque é mais jovem, ou porque não faz parte dos
chamados grupos de risco. De um momento para o outro tudo pode acontecer e
acima de tudo ninguém deve querer ser responsável pelo mal que possa acontecer
a outra pessoa ou pessoas.
Manter
a vigilância e respeitar as orientações é fundamental para que não se volte atrás
e o confinamento volte a acontecer.
A
Igreja tem sido muito responsável em todo este processo e não é agora que o vai
deixar de ser. Todas e todos temos de ser um bom exemplo, um bom testemunho
cristão.
Também
é importante estar-se com atenção às pessoas que possam estar a passar por
situações mais difíceis provocadas pelo desemprego, pelo corte nos rendimentos,
por problemas de saúde não relacionados com o vírus, pela solidão que em muitos
casos é resultado da crise que se vive. E, havendo necessidade de se promover
alguma iniciativa solidária devemos avançar sem hesitar. Muitas vezes o haver
alguém que faz um telefonema que tem uma palavra amiga e de encorajamento que
se disponibiliza para acompanhar ou para oferecer algum apoio, ajuda imenso
quem está em aflição.
O
Apóstolo Paulo tem uma palavra muito própria para este tempo que vivemos, a
qual nos ajuda a lembrar que outros já passaram muitas tribulações e vitórias,
mantendo sempre a sua confiança em quem nos ama e ajuda. “Sei estar abatido, e
sei também ter em abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou
instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a
padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”
Filipenses 4:12-13.
Outra
palavra que me veio ao pensamento é uma recomendação de Jesus a quem lhe deu
atenção, a qual também vale a pena considerar. “Vigiai e orai, para que
não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca.” Mateus 26:41.
Não
é preciso alimentar medos e ansiedades. Sabemos em quem confiamos. O que
precisamos é de manter a nossa atenção no que podemos fazer e viver em nome de
Deus, para que o mundo creia e possa ser libertado do mal que continua a
acontecer.
Sabemos
que dias muito melhores vão chegar. Até lá há que vigiar, orar, cuidar e
respeitar.
Sifredo Teixeira